Desde sua infância nas ruas de Maputo até sua exploração das realidades locais, Macilau mostra os desafios sociais, ambientais e econômicos enfrentados pelo país. Sua série de imagens revela o impacto do desmatamento e da busca desesperada por recursos, criando uma narrativa visual sobre a intersecção entre a vida humana e a destruição ambiental. A exposição, intitulada “IMEDIATISMO”, desafia a noção de gratificação instantânea, destacando a importância de entender e contribuir para um presente e futuro melhores.
SOBRE O ARTISTA
Mário Macilau nasceu em 1984 em Maputo, onde vive e trabalha. Ele é um artista multidisciplinar, utilizando principalmente a fotografia, mas também explorando práticas na pintura, instalação, vídeo, som e poesia. Seu envolvimento com a fotografia teve início em 2003, e sua dedicação à profissão começou a se solidificar em 2007, quando trocou o telefone celular de sua mãe pela sua primeira câmera fotográfica. Reconhecido como uma das figuras-chave da nova geração de artistas em Moçambique, Macilau é conhecido por seus projetos de longa duração que abordam questões ambientais, sociais e trabalhistas no país.
Seu trabalho fotográfico destaca-se por explorar identidade, questões políticas e condições ambientais, muitas vezes colaborando com grupos marginalizados para amplificar suas vozes e conscientizar o público sobre injustiças sociais e desigualdades. Utilizando frequentemente o retrato como ponto de partida, Macilau revela uma perspectiva mais ampla da realidade que retrata.
Ao longo de sua carreira, Macilau viajou para mais de cento e cinquenta países, recebendo reconhecimento internacional por seu trabalho através de diversos prémios, como o Prémio UNESCO na França e o “The Protection Project” nos Estados Unidos. Suas obras são regularmente exibidas em exposições individuais e colectivas tanto em Moçambique quanto no exterior.
Seu estilo artístico, marcado pela escolha única de temas e pela capacidade de evocar emoção, tem sido amplamente elogiado. Em 2024, ele foi agraciado com dois prêmios na França: o Prémio ROGER PIC e o Prémio de Menção Honrosa do Museu do Quai Branly, que incluiu a aquisição de uma de suas obras para a colecção do museu. O trabalho de Macilau é colecionado em todo o mundo, tanto por colecções privadas quanto públicas.
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> Local: Sala de Exposições do CCFM
> Em exibição até 11 Mai.
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