O documentário Ferro em Brasa, de Licínio Azevedo, traça o percurso de Ricardo Rangel, figura central da fotografia moçambicana e símbolo de resistência. Com 80 anos à data da rodagem, Rangel é apresentado como testemunha activa de mais de seis décadas da história do país. Desde as primeiras denúncias contra o regime colonial, no final da década de 1940, até ao período pós-independência, a sua câmara captou a cidade dividida, a boémia, o jazz, a guerra e o quotidiano de um povo em transformação.

Com uma abordagem prática e interactiva, este curso decorre ao longo de 7 sábados consecutivos, das 9h às 12h, oferecendo uma forma acessível de desenvolver competências na língua francesa sem comprometer a rotina semanal. A segunda sessão acontece de 2 de Agosto a 13 de Setembro, em regime presencial.

No Sábado, 2 de Agosto, às 10h30, o Jardim do CCFM acolhe a peça "As Borboletas Romeu e Julieta", uma adaptação do texto de Ruth Rocha, apresentada pelo grupo de teatro Fragmentados, no âmbito do projecto "Recriançando no CCFM", promovido pelo TP50.

A longa-metragem conta a história de Domingos e Neusia, um jovem casal de uma pequena cidade moçambicana. Neusia anda na escola e Domingos trabalha numa oficina de lavagem de carros. Com vontade de mudar de vida, Domingos decide sair da cidade e seguir viagem em direcção às minas de ouro no norte do país. Enquanto isso, Neusia fica em casa, à espera, sem saber o que o futuro lhe reserva.

Com o tema "All☆Stars", esta edição comemorativa reúne os nomes mais destacados das nove edições anteriores, num espectáculo que celebra uma década de resistência, criatividade e afirmação do Hip-Hop moçambicano. Oriundos das três regiões do país — Sul, Centro e Norte — os artistas convidados sobem ao palco do CCFM para dar corpo a um dos grandes princípios que norteiam o festival desde a sua criação: a Unidade Nacional.

Conhecido pelas emblemáticas esculturas construídas a partir de armas desactivadas, como tronos, máscaras e figuras antropomórficas, Gonçalo Mabunda traz uma obra marcada pela reflexão em torno da guerra e da memória colectiva, fundindo crítica política, arte contemporânea e símbolos de poder.

O "Café des Poètes" regressa para a sua 9.ª edição, convidando todos os amantes da palavra a juntarem-se a uma tarde de partilha e reflexão em torno do tema “Poesia e Cidadania”. O encontro terá lugar no dia 14 de Agosto, às 15h, no Jardim do Centro Cultural Franco-Moçambicano.

Esta criação, ainda em desenvolvimento, investiga de forma profunda questões como o estatuto social, a corrupção e a desigualdade, estabelecendo um diálogo entre a dança contemporânea e as realidades sociais que marcam a sociedade moçambicana e global. A performance é interpretada e co-criada por Açucena Chemane, Ivan Reis e Rostalina Dimande, com música de Khataza.

Recém-chegada a Paris para um fim de semana com o tio Gabriel, a pequena e traquina Zazie tem apenas um desejo: andar de metro! Mas uma greve inesperada obriga-a a reinventar os seus planos. O que se segue é uma sucessão de aventuras malucas, encontros improváveis e muita confusão, numa cidade virada do avesso pela energia contagiante da protagonista. Entre corridas, disparates e descobertas, Zazie vai pôr o bairro inteiro de pernas para o ar — e levar o público consigo numa viagem hilariante pelo coração da capital francesa.

Com grande minúcia, o filme Kuxa Kanema – O Nascimento do Cinema reconstrói as etapas desse projecto hoje extinto. Os filmes produzidos nesse período, que testemunham o empenho do país na construção do socialismo e na afirmação da sua identidade, encontram-se agora guardados num arquivo quase abandonado, espelhando, de forma simbólica, o estado da própria nação.